Luciane Chagas
Resumo
A partir da análise de Meeting of favela (Mof), este texto enfoca o graffiti como a possibilidade de materialização de uma subjetividade pós-mídia, de acordo com Felix Guattari. Procura verificar também se este tipo de movimento cultural da periferia do Rio de Janeiro se apresenta como uma linha de fuga às formas massivas de produção de identidades prêt-à-porter e se as tecnologias de informação e comunicação somadas à convergência das mídias auxiliam neste processo. O Mof é o maior mutirão de graffiti da América Latina, um movimento cultural que, uma vez por ano, desde 2006, transforma a favela Vila Operária em uma galeria de arte a céu aberto. Durante o evento, os muros das casas da favela da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, são grafitados por artistas nacionais e internacionais. Em 2014, recebeu o Prêmio de Cultura entrando para o Mapa Cultural do Rio de Janeiro. O movimento ganhou visibilidade ao se legitimar como um dispositivo de mobilidade social e de pertencimento às artes urbanas, agregando valores artísticos comunitários de forma ampla. Sob este enfoque, o Mof saiu dos muros da Vila Operária e ganhou outros territórios a partir das tecnologias digitais e da convergência das mídias, tornando-se um evento ao mesmo tempo local e global. Esta transição se deu através da presença da cultura digital dentro dos espaços de intervenção, criando novas visibilidades para o graffiti dentro e fora do território da Baixada Fluminense. Em 2016 o mutirão ganha maior dimensão quando publica nas redes sociais a confirmação da presença da fotógrafa Martha Cooper. Além da visita para conhecer de perto o mutirão de graffiti, a fotógrafa multiplica o evento através de suas redes sociais, tais como Instagram e Facebook. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Martha diz: “Saí daqui vendo algumas similaridades com o movimento do graffiti e arte urbana de quando comecei minha carreira, inclusive com muito da velha escola do graffiti.(…)” Fonte: O Globo on-line. Acesso em 16/12/2016. A sociedade pós-mídia tem como base Felix Guattari que, antes de morrer, em 1992, já previa a subjetividade que surgiria com a convergência televisão/computador/redes móveis (Rego; Santos, 2013, p.3). Completando essa ideia, Guattari (1990 apud Rego; Santos, 2013) afirmava que na era pós-mídia, haveria um remanejamento do poder na mídia de massa, a partir do desejo da subjetividade contemporânea de se reapropriar, individual, coletiva e interativamente, das máquinas de informação e comunicação. Os movimentos expressivos da multidão como o graffiti, enquanto efeitos da produção de subjetividade contemporânea funcionam como máquinas de informação e comunicação, engendram e articulam caminhos agenciando movimentos culturais e sociais, entre a favela e o asfalto, o público e o privado.
Palavras chave
Graffiti, Favela, Comunicação
Introdução
Esse artigo é o resultado da pesquisa: “Meeting of Favela – Grafitando subjetivações na Vila Operária, do látex às cores digitais” realizada entre os anos de 2014 e 2016 no Mestrado de Cultura, Educação e Comunicação em Periferias Urbanas (FEBF/UERJ).
Durante esses anos pude acompanhar e registrar toda a movimentação que envolve o Meeting of Favela antes, durante e após o evento. Tornei-me a videomaker do evento, sendo assim formei um grande acervo audiovisual desse evento, pois antes de iniciar essa pesquisa já registrava o evento desde o ano de 2011.
Através da bibliografia específica da área, falarei sobre os processos de subjetivação, a importância dos meios de comunicação na sociedade pós-mídia e sobre o graffiti enquanto arte e agenciamento coletivo de enunciação.
O objetivo desse artigo é traçar um caminho entre o graffiti enquanto comunicação nos espaços periféricos através das novas mídias e responder como o maior evento voluntário do mundo fomenta essa comunicação.
Marco teórico/marco conceitual
Para a base teórica, utilizei as obras de Delleuze e Guattari, Kastrup, McLuhan, Antoun que poderão traçar um diálogo entre subjetividade, graffiti, favela e mídia. Neste caso, pretende-se com esse campo conceitual verificar as condições da produção de subjetividade do evento Meeting of Favela através dos processos vivenciados antes, durante e depois do mesmo. Além disso, verificar através das imagens e reportagens se esse movimento de arte urbana se constitui como uma marca territorial que singulariza a Vila Operária e suas formas de globalização a partir das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e da convergência das mídias.
Metodologia
A metodologia utilizada foi o da cartografia. O conceito de cartografia articulado por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1995), aponta para uma pesquisa de acompanhamento de processos de subjetivação em curso e não da representação do objeto. De acordo com Passos e Kastrup (2009), ela pode ser aplicada na “processualidade dos processos de subjetivação que ocorrem a partir de uma configuração de elementos, forças ou linhas que atuam simultaneamente” (Passos e Kastrup, 2009, p.77). São processos que acontecem no presente e que ainda não se institucionalizaram, que ainda não se configuraram como uma representação. Para Kastrup (2009), ao darmos início à pesquisa que investiga o processo de produção de subjetividade, já há na maioria das vezes um processo em curso (Kastrup, 2009, p. 58). Neste sentido, como nos encontramos diante de um processo existente começamos pelo meio, entramos em um pulsar de subjetividades no coração da cartografia, como afirma Kastrup (2009):
Nessa medida, o cartógrafo se encontra sempre na situação paradoxal de começar pelo meio, entre pulsações. Isso acontece não apenas porque o momento presente carrega uma história anterior, mas também porque o próprio território presente é portador de uma espessura processual. (Kastrup, 2009, p. 58)
Utilizar o método da cartografia requer seguir um caminho construído em um processo contínuo, com passos que seguem pistas que formam rizomas, como passos que se abrem sucessivamente, mas não se separam. Ou seja, cada estágio da pesquisa quando se liga ao outro pode continuar com o outro caminho, em outra bifurcação. Neste caso, a coleta, a análise e a discussão de dados devem existir, em um movimento contínuo, onde ora o pesquisador se aproxima, ora ele se afasta do acontecimento. Ora atua como um observador privilegiado, ora se torna mais um elemento do processo que deve ser investigado. Ele não tem a pretensão de ser isento, mas deve ter consciência de sua formação, de seus preconceitos, suas limitações, sabendo que enquanto pesquisador, sua presença também faz parte do campo de experiências, construindo-o e ajudando a transformá-lo.
Dentro dessa metodologia pude, enquanto pesquisadora, não somente observar, mas também participar das ações e do corpo que se transforma o Meeting of Favela durante todo o processo do seu acontecimento
Análise e discussão de dado
Os movimentos expressivos da multidão como o graffiti, enquanto efeitos da produção de subjetividade contemporânea, funcionam como máquinas de informação e comunicação.
Entende-se a questão do movimento[1], não como algo que só se desloca no tempo e no espaço, mas algo que constrói mudanças na realidade, mudanças sociais e culturais. Nesse caso, eventos expressivos da multidão funcionam como um dispositivo capaz de produzir agenciamentos que possibilitam um alcance da liberdade dos muros, da favela do morador e do próprio artista urbano. Para Deleuze, um dispositivo não abrange sistemas lineares:
Mas o que é um dispositivo? Em primeiro lugar, é uma espécie de novelo ou meada, um conjunto multilinear. É composto por linhas de natureza diferente e essas linhas do dispositivo não abarcam nem delimitam sistemas homogêneos por sua própria conta (o objeto, o sujeito, a linguagem), mas seguem direções diferentes, formam processos sempre em desequilíbrio, e essas linhas tanto se aproximam como se afastam uma das outras. Cada linha está quebrada e submetida a variações de direção (bifurcada, enforquilhada), submetida a derivações. (Deleuze, 2014, p. 1)
Este novelo se solta e forma várias linhas que ora estão perto, ora estão longe, mas sempre se encontram, sempre perpassam em algum ponto comum: o meio que sempre está presente nos processos de singularização. Mas pode-se pensar um evento que consegue mobilizar e modificar o cotidiano das famílias e de grande parte de uma favela da Baixada Fluminense produzindo novos conceitos de cultura neste território, como um movimento coletivo que descerra a porta do graffiti para várias partes da América Latina e se transforma como conector rizomático que contribui para novas relações sociais e culturais.
Para entender este processo de subjetivação precisaríamos nos apropriar dos dispositivos e caminhar para re-singularização como propõe Guattari:
Em todas as escalas individuais e coletivas, naquilo que concerne tanto à vida cotidiana quanto à reinvenção da democracia – no registro do urbanismo, da criação artística, do esporte etc. – trata-se, a cada vez, de se debruçar sobre o que poderiam ser os dispositivos de produção de subjetividade, indo no sentido de uma re-singularização individual e/ou coletiva, ao invés de ir ao sentido de uma usinagem pela mídia, sinônimo de desolação e desespero. (Guattari, 1990, p. 15)
O graffiti é uma forma de expressão e de comunicação que se expande através das mídias de massa[2] (jornal, revista, TV) e de multidão (Internet). A palavra mídia é um termo derivado do latim e significa meio, logo esses canais são meios de comunicação e segundo McLuhan (1964) o “meio é a mensagem”:
Uma pintura abstrata representa uma manifestação direta dos processos do pensamento criativo, tais como poderiam comparecer nos desenhos de um computador. Estamos aqui nos referindo, contudo, às consequências psicológicas e sociais dos desenhos e padrões, na medida em que ampliam ou aceleram os processos já existentes. Pois a “mensagem” de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padrão que esse meio ou tecnologia introduz nas coisas, humanas. (Mcluhan, 1964, p. 22)
Isto é, para McLuhan a mensagem não é o conteúdo que está sendo transmitido, mas a própria transformação que os meios produzem na nossa forma de pensar, agir e sentir. Pensando a partir dos conceitos de Guattari, a verdadeira mensagem do meio não é o somente o conteúdo expresso, o signo significante ou representação. Mas é a produção de subjetividade que ele produz a partir dos afetos (ou signos assignificantes). Ou seja, o meio é o produtor, o que nos leva a pensar que não existem coisas prontas, nós sempre temos um desafio e este desafio gera uma responsabilidade.
Depois do período no qual acontece um evento, que é divulgado em redes sociais, as informações continuam circulando de diversas formas na internet, vídeos, fotos e reportagens, “curtidas e compartilhamentos”.[3] Neste sentido, o graffiti pode ser considerado como uma forma de comunicação, não somente artística e cultural, mas também política, já que produz subjetividade e provoca novos devires. Como afirma Ivo (2007) em seu artigo[4], “além de ser uma mídia alternativa e contra-hegemônica, o graffiti representa e reflete também formas sociais de organização e movimentos culturais, sociais e artísticos” (Ivo, 2007, p. 113).
No caso do graffiti, sua força cresce com a ascensão da internet e principalmente das redes sociais, já que “hoje, o enigma do poder dessa rede esbarra na explosão participativa proporcionada por ela, gerando uma imutável produção de conhecimento, entretenimento e experimentação criativa com a qual está envolvido o homem comum do meio social” (Antoun, 2008, p. 7). Essa comunicação participativa torna o usuário da Internet cada vez mais ativo e atento às novas demandas que a velocidade da informação (através da rede) oferece. É uma comunicação coletiva que gera narrativas diversas sobre o mesmo assunto.
Segundo Antoun (2008), nos anos 90, o poder integrador das páginas web e do universo da Internet reuniu diferentes movimentos baseados em ações coletivas, seja para empreender uma luta comum, seja para construir uma atividade comum. Para exemplificar esta revolução da informação foram capturadas para essa pesquisa algumas imagens[5] das páginas nas redes sociais, como por exemplo, o Fotolog[6], uma rede social que utilizava a fotografia como principal instrumento de informação. Era uma espécie de diário fotográfico que chegou a ser integrado à rede social Facebook. Além disso, o Fotolog também era usado como mini blog que em 2007 alcançou o ranking dos vinte sites mais ativos. Outro exemplo é a rede social Facebook que desde sua criação em 2004 demonstra a sua potência de comunicação mesmo quando se trata da cultura de uma periferia esquecida pela comunicação hegemônica.
Carolina Café[7] em sua obra antropológica e etnográfica Lá do lado leste (2013) comenta que as trocas de experiências e a produção do graffiti até o momento do compartilhamento nas redes surgem, nos dias de hoje, como ferramenta que viabiliza a participação de outros olhares que não estão ligados diretamente com as periferias e seus artistas. Quando pensamos no alcance que uma imagem, um depoimento ou uma postagem tem pensamos também no fortalecimento daquele território, enquanto território político e cultural.
… o que vislumbrar para a antropologia a partir da multiplicação das novas possibilidades de produção e compartilhamento de informações nos dias de hoje, com as tecnologias digitais em constante desenvolvimento? Momento em que “compartilhar” torna-se categoria nativa no mundo virtual, verbo tão popular quanto “curtir” em tempos de Facebook. As redes e plataformas virtuais e os instrumentos mais acessíveis de captação de imagem e som são peças-chave nas transformações que se processam no mundo hoje e no trabalho audiovisual antropológico. (Caffé, 2013, p. 5)
De acordo com a previsão de Guattari (1992), ao contrário dos meios de comunicação de massa, com suas mensagens repetitivas e hipnóticas, a reunião das redes telemáticas e informáticas produziriam um meio de comunicação que permitiria uma polifonia de vozes, abrindo mão do regime de verdade, tão caro às mídias de massa, gerando uma linha de fuga para a produção artística contemporânea. Hoje o artista urbano não tem mais somente a tela de concreto para expor a sua arte. Ele também possui a tela digital, ou seja, a Internet com todos os seus recursos para promover a arte contra-hegemônica.
Tartaglia (2010) em sua dissertação sobre a territorialidade dos grafiteiros nos mostra que “a Internet propicia uma conexão direta de pequenas localidades na periferia do Rio de Janeiro ou de outros municípios com qualquer grande cidade do mundo”. Essa troca de informações através das redes permite não somente uma maior visibilidade do graffiti, mas também faz com que os próprios grafiteiros aperfeiçoem suas técnicas para disputar espaços. Não os espaços que nos levam de um ponto ao outro, mas os espaços da arte urbana.
Essas redes, como o Facebook, se “alimentam” de registros através de vídeos e fotos feitos por pessoas comuns, quer seja com uma câmera digital ou um celular. Neste caso, o celular é “dispositivo híbrido móvel de conexão multirredes” (DHMCM), como aponta Antoun (2008). Dessa maneira, afetos são construídos de forma efêmera, pois é possível perceber uma redenção das “imagens distribuídas eternizadas”, já que as fotos não irão para um álbum especial, que ficarão “protegidos” em um lar e os vídeos não serão guardados como relíquia audiovisual familiar. Esse tipo de circulação em rede cria conexões virtuais que propagam o momento. Com o Meeting of Favela não é diferente, a circulação sobre o evento aumenta a cada nova rede social e plataformas virtuais.
Conclusões
As fotos ou vídeos não são produzidos para marcar a memória como um arquivo, para ficar no dispositivo, imprimir e guardar em um álbum. O consumo se dá pela circulação na rede, por meio do envio rápido e imediato. Trata-se de circular e não memorizar, para reforçar laços sociais. Vemos aí como os princípios de emissão e conexão trazem novas dimensões para a fotografia e para o vídeo, podendo mesmo reconfigurá-los como ferramentas de comunicação interpessoal. (Antoun, 2008, p. 57)
Percebe-se que a subjetividade urbana será profundamente modificada pela apropriação dos espaços através dos novos equipamentos, gerando processos de “territorialização urbana pelos coletivos” (Antoun, 2008, p. 8). Quando as imagens grafitadas são distribuídas nas redes sociais, a conexão entre o graffiti e os DHMCM levam dimensões desterritorializantes onde emerge uma nova forma de comunicação entre o território fotografado que exerce um processo de singularização do espaço físico e do território subjetivo, levando em consideração que esse território é emocional e funciona como uma linha de fuga.
De acordo com o senso comum temos a falsa impressão de que a linha de fuga, trata-se de como um indivíduo escapa das suas responsabilidades, do mundo que o cerca. Mas devemos entender que “as linhas de fuga não consistem nunca em fugir do mundo, mas antes em fazê-lo fugir” (Deleuze, Guattari, 1995, p. 72). Nelas, podemos produzir novas armas capazes de transgredir o que já existe, fortalecendo o novo. “É sempre sobre uma linha de fuga que se produz, não, é claro, porque se imagina ou se sonha, mas, ao contrário, porque se traça algo real, e compõe-se um plano de consistência. Fugir, mas fugindo, procurar uma arma” (Deleuze, Parnet, 1998, p. 159). O graffiti, enquanto arte de rua pode ser entendido como uma comunicação da arte de resistência. O Meeting of Favela resiste na medida em que as imagens do evento são espalhadas nas redes sociais através dos DHMCM. Essa resistência e potência aumentam com a visibilidade que grafiteiros fora do país se locomovem até uma favela da Baixada Fluminense para concretizar este intercâmbio e disseminar a arte do graffiti com seus vídeos, falas, fotos, etc.
Nessa página do evento, por exemplo, que no início de 2016, possuía 5.656 curtidas e o perfil contava com 4.933 seguidores, os organizadores esclarecem dúvidas sobre como chegar ao Mof e dão informações sobre o evento, como data, horário, alimentação e inscrições.
Durante o evento, tanto o perfil quanto a página são alimentadas através dos DHMCM que acabam servindo como testemunho não só dos momentos catastróficos, mas também da evolução e potência de um evento. Em 2015, por exemplo, percebi um volume muito grande de registros através dos DHMCM. Publicações efetuadas quase que em tempo real popularizam o evento a cada edição.
Entretanto, essa sociabilidade virtual torna-se um espaço coeso de troca de informações sobre o momento presente que será como uma ponta do fio que ligará em futuros diversos. O que quero expor neste momento é a forma como os DHMCM agem e potencializam o Mof durante e depois do evento, mas não marcam a memória[8], já que as redes sociais detêm de fugacidade em seus álbuns criados pelos DHMCM.
Posso concluir nessa pesquisa que o graffiti, assim como o Meeting of Favela, também é uma forma de comunicação visual que aproxima diferentes grupos de pessoas carentes de comunicação, de união e de arte porque funciona como um motivo, uma razão, uma causa. O grupo que, ao longo da história sempre foi considerado como inferior, ganha destaque quando constrói um espaço de arte pincelando os muros de alguma instituição importante. Ao mesmo tempo, a arte urbana difundida pelos meios de comunicação, tanto de massa quanto de multidão, ultrapassa o rótulo de pichação e foge ao estigma de representar algo fora da lei.
Bibliografia
Autoun, Henrique (Org.). WEB 2.0 – Participação e Vigilância na Era da Comunicação Distribuída. Rio de Janeiro: Mauad, 2008.
Caffé, Carolina. Lá do leste: uma etnografia audiovisual compartilhada. Caffé, Carolina; Satiko Gitirana Hikiji, Rose. São Paulo: Humanitas, 2013 [livro eletrônico].
Deleuze, G.; Parnet, C. Diálogos. São Paulo: Ed. Escuta, 1998. Tradução Eloisa Araújo Ribeiro.
Deleuze, G. O que é um dispositivo?, 1990. Disponível em: <https://bit.ly/2nFXXqY>. Acesso em 15/11/2014.
Deleuze, Gilles; Guattari, Felix. Mil Platôs. Capitalismo e esquizofrenia. Vols. 1, 2, 3, 4 e 5. (Coleção TRANS) São Paulo: Ed 34, 1995.
Guattari, F. 1990 Vers une ère post media, publicado na revista digital Chimeres, número 28, primavera-verão, 1996 apud Rego, Alita Villas Boas de Sá; Santos, Arthur Willian Cardoso. Tenho 60 anos e também quero ser MídiaNinja: da TV Maxambomba à PósTV. Disponível em <https://bit.ly/2lVsnEa>. Acesso em 06/7/2016.
Kastrup, Virgínia. Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Passos, Eduardo; Kastrup, Virgínia e da Escóssia, Liliana (Orgs.). Porto Alegre: Sulina, 2009.
Ivo, Any Brito Leal. Cidade – mídia e arte de rua, 2007. Disponível em: <https://bit.ly/2lSKYkq>. Acesso em 15/11/2014.
Macluhan, Marshall. Os Meios de Comunicação com Extensões do Homem. Tradução de Décio Pignatari. São Paulo: Cultrix, 1964.
- Os filósofos definem o movimento do mesmo modo que os físicos, associando sempre tempo e espaço, e não como simples sinônimo de deslocamento: Toda modificação, tudo aquilo que faz com que as coisas mudem, com que o mundo esteja em permanente devir. (Japiassú e Marcondes 1996, p 189). De acordo com Deleuze (1985), o movimento acontece entre duas paradas. O movimento sempre provoca uma transformação, e não apenas um deslocamento no tempo/espaço. Por isso, a transformação é qualitativa e não quantitativa, como quando é medida pelos instantes de parada dos ponteiros de um relógio marcando minutos, segundos e horas. O importante, quando pensamos no movimento, é guardar a ideia de “entre” instantes de parada.↵
- Entendemos como mídia tudo que é usado como meio de comunicação social, como por exemplo, TV, jornal, Internet, rádio, etc.↵
- Esta é uma maneira de fazer uma informação circular na rede social Facebook fundada em 04 de fevereiro de 2004 com o nome de “Thefacebook”. O site foi criado por Mark Zuckerberg e seus colegas de quarto em Harvard. Ver mais em <https://glo.bo/1bYN6G6>. Acesso em 19/9/2015.↵
- Ler mais em: Cidade – mídia e arte de rua, 2007.↵
- Estas imagens serão demonstradas no capítulo 3 desta.↵
- A plataforma foi lançada em maio de 2002, tendo gerado mais de três bilhões de visualizações, e mais de 20 milhões de visitantes únicos por mês. Em 2007, o site Fotolog.com estava na lista dos 20 sites mais ativos no ranking do Alexa (…) Depois de algumas semanas de inatividade periódica, em 26 de janeiro de 2016 o Fotolog anunciou (na forma de uma mensagem no cabeçalho em todas as suas páginas) que a plataforma teria seu fim definitivo e se tornaria “permanentemente indisponível” no dia 20 de fevereiro. Ver mais em <https://bit.ly/2kmfJxA>. Acesso em 30/6/2016.↵
- É coordenadora executiva da área de comunicação e mídias livres do Instituto Pólis. ↵
- Tratamos aqui da memória como valores históricos guardados.↵