Esta pesquisa parte de algumas reflexões sobre a relação entre a colonialidade do poder e do saber e o campo curricular, vinculadas ao ensino médio no Brasil e na Argentina, e avança para a análise da presença e ausência afrodescendente e africana nos documentos curriculares.
A tese está estruturada em torno de eixos temáticos como o diálogo cultural e a relação entre o saber e o poder, descrevendo também o contexto regional da América do Sul com seus processos de descolonização e continuidades conservadoras no âmbito dos processos de integração regional que nos desafiam a pensar no comum e no diverso. Ao mesmo tempo, recuperam-se diferentes contribuições teóricas para a análise do campo curricular e das particularidades de ambos os sistemas de ensino.
Esta análise pretende traçar elementos de colonialidade do poder e do saber ligados à presença e ausência afrodescendente e africana nos casos de ambas as escolas secundárias em um contexto internacional que promovia a visibilidade da história e da cultura afrodescendente e africana e das políticas educacionais que prescreviam a obrigatoriedade do nível e a extensão dos direitos. Por sua vez, novas questões são levantadas a fim de propor reflexões sobre a área curricular que contribuam para o desenvolvimento de uma epistemologia do Sul.
Palavras-chave: Racismo, Relações étnico-raciais, Currículo, Curricular Colonialidade, Interculturalidade, Diversidade, Afrodescendentes, África.
Orientadora: Mg. Cristina Ruiz.